sábado, 5 de setembro de 2009

Tv Coligadas canal 3 Blumenau - A pioneira em Santa catarina

Exatamente, no dia 1º de Setembro, que a TV Coligadas entrava no ar pela primeira vez.
Para muitos em Blumenau e região que tinham a possibilidade de acompanhar pela TV, desde as experiências até a transmissão primeira, era tudo um novo mundo. Diferente do radio, a TV começava ali a mudar os hábitos dos blumenauenses, que começava a inserir em sua vida a TV como algo do cotidiano. Nomes começaram a surgir, eventos foram transmitidos, ora alegres, ora tristes, por quase 10 anos a TV Coligadas fez parte da vida de muitos não só em Blumenau, mas em todo o vale, e nesse ano de 2009 marcava os 40 anos dessa história pioneira.


Mas como tudo começou? Quem teve a idéia? Como uma emissora marcada como afiliada certa da TV-Tupi parou nas mãos da TV-Globo? Por que acabou? Coisas que eu, que nunca vivi essa época (mas queria muito ter vivido) vou tentar expressar a vocês.

1. O Começo

No fim dos anos 60, um desejo era único dentre alguns empresários de Blumenau, um novo veiculo de comunicação, a idéia de TV já não era bem novidade para muitos blumenauenses, com alguma interferência causada pelos morros da região, era possível sintonizar a TV Paraná, canal 6, que era pertencente à TV Tupi na época. Os níveis de audiência vindos de Santa Catarina motivaram os paranaenses a fazer também um curto noticiário em sua programação. No entanto começava a se tornar fixa a idéia de se implantar a TV em Santa Catarina. Em Florianópolis começava lentamente a levantar a TV Cultura, cuja primeira transmissão oficial seria em 1970, mas de forma muito mais veloz, se formava a companhia que traria a televisão ao vale, e a concorrência pela administração da emissora também foi um capitulo a parte.

De um lado o conglomerado paranaense da TV Paraná que já requeria a instalação de uma emissora de TV em Santa Catarina, (naqueles idos, somente Paraná e o Rio Grande do Sul tinham suas emissoras), e de outro os empresários associados da mídia blumenauense, liderados por Wilson de Freitas Melro, Caetano de Figueredo e Flavio Rosa, que ainda contavam com um grupo poderoso de 307 acionistas, a disputa findava com a vitória do grupo blumenauense que assinou com orgulho o que ainda hoje é a razão social do prédio da RBS Blumenau: “Televisão Coligadas de Santa Catarina S/A”. Explicação obvia para o nome, Coligadas se devia ao fato da emissora reunir entre si, num conglomerado, a TV, as emissoras de radio pertencentes ao grupo, e em 1971, o Jornal de Santa Catarina.

Em meio aos desafios, tudo começava assim a ser esquematizado, a escolha e contratação de funcionários tinha que ser acompanhado de muito ensinamento e aprendizagem, afinal eram pouquíssimos, ou quase ninguém que trabalhara ou ouvira falar de televisão. Além deles, juntaram-se ao grupo também profissionais vindos de emissoras dos outros dois estados (TV Gaucha e TV Paraná) para auxilio nas instalações e monitoração dos empregados na aprendizagem dos comandos e das maquinas.

Ainda em 1968, a TV começava seus primeiros experimentos, apresentando slides referentes a fase experimental e filmes de uma hora, ainda mais surgiu ainda um desafio ainda maior, a construção da antena e do transmissor, para isso, a equipe precisou fazer um verdadeiro “safári” ao Morro do Cachorro, para a instalação do equipamento, estrada não havia, para isso foi preciso abrir um caminho para a chegada ao topo, uma íngreme e perigosa estrada por onde se levavam, além dos equipamentos gravados para os testes, as peças da antena, que pesavam quase 250 Kg!
O sinal entrava às 18 horas mais ou menos e fechava as 22 horas. Era um verdadeiro desafio levar os filmes ao alto do morro e começar as transmissões no horário. A movimentação da equipe da TV motivava até os colonos residentes na área, que também subiam o morro junto da equipe e, mesmo proibidos de entrar na sala, assistiam pela janela as imagens geradas dentro do próprio estúdio. Dentre as transmissões experimentais, uma delas foi especial, a do desfile da então Miss Brasil, Vera Fischer, em 1968.

A publicidade era outro carro-chefe, em um determinado período, a grande parte do faturamento da emissora era garantida com empresas de fora do estado, além é claro, das empresas daqui mesmo que se mostravam empolgadas com essa nova forma de divulgar seus produtos e serviços, graças a TV Coligadas, outra novidade chegava a cidade anos mais tarde, as agencias de publicidade. A Própria emissora também criou sua identidade, nas mãos de Beto Fausel saia a logomarca que ainda hoje circula no imaginário popular, a menina de maria-chiquinha loura marcou uma geração, assim como o slogan: “TV Coligadas, a menina dos seus olhos”.

Enfim os dias passavam, 1º de setembro/1969 se aproximava cada vez mais e tanto os funcionários, como toda a população, esperavam ansiosos a primeira transmissão, que acontecera sem mais atrasos. A partir daquele dia, Santa Catarina finalmente contava com o pioneiro, e tão esperado, canal de televisão próprio: “ZYB 760, TV Coligadas, Canal 3, Blumenau, SC.”

2. Afiliação a Rede Globo e os inesquecíveis programas

A história que envolve a afiliação da TV Coligadas é de fato curiosa, desde os tempos das experiências, a emissora parecia certa a assinar a sua afiliação com a Rede Tupi, além de ela ser a pioneira no país, era a mais assistida na cidade graças a TV Paraná, que chegava a cidade por meio de repetidoras implantadas justo por Flavio Coelho, Flavio era um dos responsáveis pela sucursal da emissora em Blumenau e que nessa época fora chamado para compor o “cast” da emissora.
Durante as viagens que seguiram as negociações com a Tupi, Flavio acabava por encontrar um velho amigo que começava a ganha um grande respeito no meio televisivo, era Walter Clark, produtor e executivo da Rede Globo, que começava a arrebanhar audiência graças a suas soluções bem boladas para o “bem-estar” do telespectador, tal como a seqüência programacional “novela das 7- jornal – novela das 8”. Um encontro certeiro, com lábia e argumentos que convenceram a Flavio Coelho, a TV Coligadas assim desviava sua rota e fechava assim sua afiliação com a Rede Globo, o que foi para a emissora algo muito bom, afinal, a Globo vivia seus anos de maior criatividade e produção de programas (que fazem muita falta hoje), novelas como “A Ponte Dos Suspiros”, “A Cabana Do Pai Tomás”, “Véu De Noiva” e outras mais viram sucesso e passavam como água em rio nas bocas das mulheres blumenauenses.

Não só o ramo dramatúrgico era destaque, os programas de auditório da Globo também arrebatavam multidões, nomes como Silvio Santos e Chacrinha começavam a ser ouvidos na cidade, nesses áureos tempos, o que poucas pessoas sabem até hoje, é que o programa do Chacrinha teve já uma edição gravada no antigo pavilhão da FAMOSC nos anos 70. O Jornalismo também era destaque vindo da Globo, apesar de nervoso e complicado, a TV conseguia mesmo nos atravancos entrar em rede e exibir via Embratel o “Jornal Nacional”, novidade maior não existia, um jornal em rede nacional, era mesmo algo primoroso, e Blumenau estava nesse meio por intermédio da TV Coligadas. Também houve a transmissão da copa ao vivo do México e tantas coisas que foram possíveis graças a esse simples encontro em São Paulo.
Carlos Braga Mueller

Mas em Blumenau, também eram produzidos ótimos programas, a cidade já começava a conviver com os primeiros astros locais, que podiam ser vistos em sua emissora de TV. Em qualquer área, a TV Coligadas, com arrojo, criatividade e algum improviso, faziam história. A TV produzia jornalísticos, o “Telejornal Malhas Hering” era um dos principais da emissora, era incrível, noticias que ocorriam em todo o estado chegavam no mesmo dia a população, apresentado por Carlos Braga Muller, tinha como acompanhantes Jose Reinoldo Rosembrock (até hoje na ativa!) e Jesser Jossi nos esportes. Curiosidade era a respeito de Carlos Braga Muller, pois nos seus anos de apresentador, seu nome na TV se assinava apenas “Carlos Braga”, era para de alguma forma evitar confusão com o colunista social da região, o requisitado Carlos Muller, coincidência no nome era pouca, mas a igualdade fica só no nome. Entre outros jornalísticos, o “Repórter Garcia” era outro de destaque, apresentado por José Schreiber, tinha a compania do próprio Carlos Muller, e trazia os assuntos referentes a sociedade de Blumenau, ainda nos jornais, destaque ao “Santa Catarina Dois Minutos”, de J. Ceconni. Já mais afastado da crônica jornalística, havia o “Municípios em Revista”, atração de Telvio Maestrini que reunia prefeitos e políticos de Blumenau e cidades vizinhas, tendo como objetivo maior divulgar e se fazer conhecer melhor os municípios de nossa região.

Por falar nisso, havia também nessa linha de integração o “Show Da Integração”, uma espécie de Cidade contra cidade da época, apresentado por Gonçalves Dias e Márcia Flor, o programa era o que havia de maior em reunião estadual na TV Coligadas. A disputa reunia colégios representantes de cada uma das cidades a ser desafiado, o show reunia provas que iam das famosas perguntas até verdadeiras gincanas que prendiam os telespectadores até os últimos minutos de programa. E claro, havendo sempre apresentações de conjuntos de dança, musica e afins, convidados pelas cidades. O programa teve tanta repercussão que ganhou até edições interestaduais com o Paraná (através do canal 12, atual RPC).


Já na linha de entretenimento, além dele, havia o saudoso “Salve a Banda”, atração de Edemir de Souza que ainda percorre o imaginário popular, era apresentado aos sábados e sua formula era a mais simples, mas de grande sucesso, apresentação de bandas folclóricas dos mais diferentes rincões da região. Tamanho sucesso motivou diversos trabalhos como a escolha da rainha do programa e a gravação de um LP no inicio dos anos 70, com seis bandas, “Bandinha Avante”, “Moacyr e Seu Conjunto”, “Os Bandeirantes”, “Conjunto Típico Cavalinho Branco” Conjunto de Ritmos Society” e “Bandinha Verde Vale”. Até hoje não há blumenauense das antigas que não se lembra de Edemir de Souza e sua contribuição a cultura do vale. Ainda trabalhando, ele mostra ainda muita saúde e disposição, as mesmas do tempo da TV Coligadas. Havia ainda o “Domingo No Parque” de Valdemar Garcia, atração dominical que contava com a participação de crianças que respondiam perguntas, demonstravam seus talentos e recebiam diversos prêmios, sendo brindes a até lembranças personalizadas da própria emissora.

Além desse, outro programa de muito sucesso foi o “Mulheres Em Vanguarda”, apresentado por um verdadeiro selecionado feminino, sendo Maria Helena Dias, Dagmar Pohlmann, Vanja Siemann e Valmira Siemann, muito assitido por várias mulheres na cidade, ficou também no imaginário popular, ainda hoje é possível ver Valmira em atuação na TV Galega.

Para finalizar esse capitulo não se pode deixar de citar as transmissões externas da emissora, com a aquisição da unidade móvel, foi possível transmitir vários eventos dos mais diversos locais do estado, desde concursos e festas até celebrações religiosas e o mais importante, jogos de futebol direto dos estádios e ao vivo! Nesse caminho, a TV Coligadas se tornava um poderoso império de comunicação no estado, e uma verdadeira cidadã blumenauense no meio de todos nós.

3. Curiosidades

Durante as experiências, o apresentador Jose Schreiber (foto) redigia a noticia do Repórter Garcia quando sua pauta vai ao chão, o câmera, ainda inexperiente e achando o abaixar do jornalista normal, seguiu-o e revelou muito mais do que se sabia, o apresentador de terno na parte superior usava um esportivo short e havaianas abaixo das câmeras. Era o programa Salve a Banda, e no palco uma simples banda de um baterista, um pistão, um saxofone, uma gaita e um bandolim, o baterista tocava animadamente com a barra da calça levantada, quando o câmera resolveu dar um close nos pés do baterista, quando o mesmo viu seu pé no monitor, repentinamente parou de tocar e começou a mexer seu pé para se certificar que era dele mesmo, provocando protestos desesperados dos companheiros. Ao testar o microfone-BOOM no alto do cenário, um dos funcionários deu um sonoro grito “saiu o pagamento macacada!”. Sem perceber o operador de áudio abriu o som no ar sem querer. Resultado cômico para todos os telespectadores. Na estréia do Fantástico em 1973, a emissora não estava inclusa na rede já que a única linha disponível já era da RBS de Porto Alegre, nesse meio a solução final foi uma autentica “gambiarra” televisiva, a emissora então montou um mecanismo simples que jogava o sinal das antenas de Curitiba para Joinville, e assim chegavam aos transmissores de Blumenau, estratégia muito bem bolada e a mostra maior do contorcionismo da equipe. Fogo no ar, a iluminação era muito caprichada no programa de Carlos Muller,que costumava utilizar uma larga capa nos ombros, durante um programa uma parte de sua vestimenta estava posada num equipamento de luz e começou do nada a pegar fogo. Quem viu não se esqueceu do susto de Carlos ao ver a capa pegando fogo. Outro episodio parecido ocorreu no concurso de “Rainha dos Balneários De Santa Catarina” em Balneário Camboriu, dessa vez a vitima foi uma cortina próxima aos holofotes. Ate a unidade móvel não escapou de uma situação cômica, durante uma transmissão quem se encostasse ao veiculo recebia um leve choque, a causa, um fio solto estava no chão molhado da Praça Hercílio Luz, em Florianópolis.
A entrada do Jornal Nacional em rede era um evento épico, e emocionante por sinal, um telefonema determinava a entrada em rede do noticioso, era deveras emocionante, em momentos a programação blumenauense estava adiantada e tinha-se de literalmente “encher lingüiça” no momento, em outros o atraso era compensado com o “puxar” das películas de 16mm para acelerar a programação, em casos se puxava filme demais, e ai tocava-se os comerciais do governo para compensar o “puxado” excessivo. O carinho dos diretores e artistas com os funcionários era sempre muito bem recompensado, nas noites de natal e ano novo, os funcionários de plantão ganhavam uma ceia inteiramente paga por Caetano de Figueredo, em outro caso muito conhecido, o saudoso Dom Gregório Warmeling (em saudosa memória), quando comparecia para apresentar seu programa religioso sempre distribuía cigarros e chocolate aos funcionários, para os fumantes, cigarros, para os não fumantes, chocolate. A TV Coligadas chegou a ter até um time de futebol, formado por funcionários e até por jogadores e ex-jogadores do Palmeiras, com o intuito de se apresentar nas várias regiões do estado onde se fazia presente.
Numa disputa do Show da Integraçã

o entre Blumenau e Itajaí a ultima prova significou uma vitória épica e um tropeço a Blumenau, o desafio era trazer ao estúdio trilhos de trem, independente da quantidade, Blumenau chegou a trazer dois míseros trilhos de trem, Itajaí foi muito além ao trazer nada mais nada menos do que um caminhão carregado de trilhos de trem, eram tantos que a decisão foi dar os pontos, e a vitória para Itajaí.

Um dos personagens da novela “A Ponte Dos Suspiros” era “O Escalabrino”, interpretado por Paulo Araujo, ele ficou tão famoso que a empresa Rodovel estampou em um de seus ônibus o nome do personagem.

Durante a FAMOSC em Joinville, a TV Coligadas esteve presente com uma atração especial, uma câmera apontada para o publico que passava pelo estande filmava os transeuntes no local, quem via não escapava de fazer caretas para a câmera.

A chegada da TV em cores protagonizou uma cena incrível em Blumenau, durante a transmissão da Festa Da Uva em Caxias do Sul (o primeiro evento ao vivo a cores do Brasil) a Loja Prosdócimo do centro, por sugestão dos diretores da emissora, colocou um aparelho a cores ligado durante a transmissão, não demorou muito até vários populares abarrotarem as vitrines da Prosdócimo observando atentamente a transmissão colorida.

4. O Adeus Da Tv Coligadas



Em 1971 surgia de maneira extraordinária o Jornal de Santa Catarina, “o Santa”, a intenção do lançamento do jornal era firmar de vez a posição principal da TV Coligadas na publicidade e na comunicação do estado, era o primeiro jornal impresso no padrão “off-set” no estado. A equipe formada contava com jornalistas e profissionais vindos de outros estados e daqui, eram 35000 jornais distribuídos diariamente no estado, uma verdadeira obra da comunicação impressa no estado. No entanto, surgiram dificuldades, o departamento de jornalismo se transferiu para a Rua São Paulo, onde ficava o jornal, as noticias chegavam em cima da hora aos noticiários da emissora, tantas dificuldades, somados aos custos tornaram instável a situação, uma das provas era que a Loja Tevelandia, de propriedade da TV, tinha além de seus funcionários, os motoristas do jornal registrados em seu pagamento, a sociedade se abriu e em 1976 o grupo foi colocado a venda, um grupo solido se desmontava em menos de 10 anos.
Mauro Petrelli assumiu a direção da emissora, mas a situação ficou pior quando a TV Coligadas perdeu a programação da TV-Globo, já que a RBS se instalara em Florianópolis e manteria la sua cabeça de rede, a TV encontrou como solução comprar a TV Cultura de Florianópolis (a 2ª do estado) e ficar com a programação da TV Tupi, quando a emissora estava quase fechando suas portas, eis que surge a RBS como esperança final, a emissora é comprada em 1979 e em 2 de setembro de 1980 abria as transmissões da RBS TV Blumenau, trabalho esse que segue com competência até os dias de hoje. Hoje a RBS também detém o Jornal de Santa Catarina, e ainda utiliza os mesmos transmissores, antenas e instalações da TV Coligadas desde 1980, provando que todo o trabalho, a força, a garra e o gingado dos profissionais que “fizeram a hora” na emissora foram primordiais para que hoje o nosso estado seja reconhecido em seus meios de comunicação, e pensar que Blumenau foi a maior responsável para que toda essa história acontecesse.

5.TV Coligadas e a Memória de Blumenau

Hoje, a TV Coligadas ficou no inconsciente popular de muitos que tiveram a oportunidade de presenciar o nascimento do que foi a pioneira em TV em nosso estado, ao olharmos para trás, vemos que o esforço feito por todos os que aceitaram o desafio de muito valeu para que a TV finalmente pousasse em nosso estado.

No entanto, em muitos aos quais perguntei, parecia que haviam se esquecido da emissora. Muitos não se lembravam de varias coisas e eu, pensando em todo o valor que o blumenauense da a sua história, pensei porque o mesmo nunca foi feito com a TV Coligadas? A RBS em momentos parece esquecer que foi aqui há 40 anos que se estabeleceu a primeira emissora de Santa Catarina, a população pouco conhece do que foi a TV-Coligadas. Nenhuma exposição, nenhuma reportagem especial sobre a emissora, nada, ainda anseio um dia ver alguma imagem, algum rolo de filme que sobrou da TV Coligadas, o que pra mim, permanece uma incógnita saber se isso ainda existe para que a Blumenau que não viveu a TV Coligadas veja como nossos pais e avós viram essa menina nascer.

Aos que trabalharam e fizeram história, saibam que vocês jamais serão esquecidos, todos os momentos alegres e tristes, agitados e tranqüilos, sempre farão parte do retrospecto do legendário prédio da Rua Getulio Vargas, onde todos vocês residiram e marcaram vossas vidas. E ao povo de Blumenau, que ainda vê nos vultos da TV de hoje o que via na Coligadas, que sua memória nunca se esqueça da menina que um dia, abriu seus olhos, e mostrou Santa Catarina para seus filhos.

Para sempre, Televisão Coligadas de Santa Catarina S/A.


*Agradecimentos a Zair Aníbal De Souza, o Zico, que muito colaborou ao escrever seu livro e no qual me embasei ao relatar a história da emissora.
André Luiz Bonomini
Arquivo de André Luiz Bonomini/Carlos Braga Mueller e Adalberto


(Fonte: Adalberto Day)

6 comentários:

  1. Agradecemos o carinho, e apublicação de nosso trabalho em seu Blog.
    Um abraço
    Adalberto Day cientista social e pesquisador da história em Blumenau

    ResponderExcluir
  2. Olha, os gauchos não gostão das coisas catarinas, mas adoram morar aqui. Eu lembro a concorrencia das duas aqui em Florianópolis como se fosse hoje, tambem só tinha as duas, tempo em que para assistir a TV tinha que esperar esquentar as valvulas e para mudar de canal tinha que se levantar da poltrona para mudar o seletor, bons tempos da televisão feita com entusiasmo e carinho ao telespectador, não como hoje é feita em cima de modismos e uma televisão futil sem nada à acrescentar a população. Tinha mais a falar, mas me da raiva em saber que é uma "concessão publica que não instrui o publico". PARABENS PELO TRABALHO DE VCS EM TRAZER BOAS LEMBRANÇAS. AQUI EM FLORIANOPOLIS ACONTECEU O MESMO COM A CULTURA S/A A RECORD ACABOU COM "ELA", INCINEROU AS FITAS DE VIDEO TAPE, QUEIMOU O PASSADO.

    ResponderExcluir
  3. Participei de vários programas da Tv Coligadas, cantando, desde o dia da sua inauguração, em programas como: Mulheres em Vanguarda, Maxi-Show, Clube da Criança, Domingo no Parque. Tenho orgulho de fazer parte da história da TV Coligadas.
    Everson Paladini

    ResponderExcluir
  4. eu penso que a historia do radio de bluemanu tambem precisa ser mantida. me lembro das radios AM e das de FM como Tropical, verde vale (ficou somente 6 meses no ar) uniao entre outras.

    ResponderExcluir
  5. Participei do Programa de gingana Colegio contra colégio, meu era Col. Estadual Celso Ramos de Joinville/sc contra Colegio de Sao Bento do Sul nao me lembro nome, fizemos uma musica para aniversário de Joinville inédita e apresentamos e ganhamos da Banda Treml naquele dia, depois no final deu uma briga dos nossos alunos contra alunos de S.Bento acabou que saiu programa do ar, sobrou p todo mundo...apanhou camera Men, apresentador aff... o nosso onibus saiu e eu e um namoradinho meu ficamos em Blumenau, pegamos carona com uma viatura da policia que veio apartar a galera para seguir o nosso onibus pegamos quase perto de Barrra Velha já, grandes momentos aqueles da minha adolescencia, será que voces tem algum arquivo de filmagem ainda dos programas nossos? postem no Youtub p gente ver kkkkk...

    ResponderExcluir
  6. AQUI EM CRICIUMA TINHA UM REPETIDORA DESSA TV..DEPOIS ENTROU A RBS

    ResponderExcluir